quarta-feira, 15 de abril de 2015

Resenha - A Lista Negra



Acho que você descobrir que um amigo(a) pediu desculpa a alguém por ser seu amigo é algo tão humilhante que com certeza me deixaria pra baixo por muito tempo.
Isso acontece em A LISTA NEGRA, que segue a mesma linha dos últimos livros que resenhei.
Livros como Perdão Leonard Peacock (resenha) e Os 13 Porquês (resenha) realmente me empolgam e chamam minha atenção. O drama que os personagens têm que enfrentar e o processo que eles vivem até o desfecho da historia me fascinam tanto a ponto de me fazerem sentir um mix de sentimentos aleatórios e de me deixar surpreso com tudo.
Os temas relacionamento familiar e amizade sempre mexem comigo! Bom, esse livro trata dos dois.


Resenha:
Valerie (chamada carinhosamente por alguns de Val) é uma adolescente que está no ensino médio, e juntamente com seu namorado Nick sofrem Bullyng por parte de alguns colegas.
Eles são confrontados, xingados e chegam até sofrer pequenas agressões físicas.
Por conta disso os dois criam uma lista onde escrevem o nome das pessoas que os incomodavam de alguma maneira (nomes interessantes e surpreendentes descobrimos que estava na lista no meio da historia). Certo dia logo cedo, Nick chega ao refeitório, onde praticamente o colégio inteiro estava reunido, e começa a disparar tiros contra as pessoas cujo nome fazia parte da tal lista.
Valerie se desespera e na tentativa de parar o namorado acaba se colocando ente ele e a garota que mais a maltratava a salvando e levando um tiro em seu lugar. Nick se mata e agora Valerie é acusada de ter tramado tudo com ele por causa da bendita lista que vai a público.
O livro inicia com o incidente já tendo ocorrido e a autora nos leva ao ponto em que Val precisa voltar para a escola e encarar as pessoas que a considera culpada de alguma forma e para casa tendo que enfrentar sua família que já não estava passando por uma boa fase antes de tudo isso acontecer.


Minha opinião:
Apesar da temática pesada, o livro é bem sutil e singelamente nos coloca a pá de toda a situação usando por algumas vezes flashbacks.
A narrativa é boa e bem simples. Os capítulos são bem curtos, tornando a leitura mais rápida, prazerosa e desejável.
Os personagens são marcantes e bem construídos; Desde o psicólogo camarada á artista excêntrica e enigmática que mal aparece.
Tem momentos fortes e bem emocionantes (como o que citei para iniciar a resenha) o que nos leva a se compadecer da personagem e se sentir parte da historia.
Ele nos leva ao julgamento do que é certo e o que é errado e que isso depende do ponto de vista (ao menos eu não consegui decidir se Nick era mal ou se as circunstâncias o levaram a fazer aquilo).
Valores importantes como se reconhecer e se agradar antes de tentar agradar aos outros, também é empregado no livro de forma tão natural que joga na nossa cara que muitas vezes estamos encarando uma crise de identidade, devida as circunstâncias, e nem percebemos.
Achei o livro divertido, forte, cruel e emocionante. Ao ler o ultimo capitulo chorei como se tivesse perdido um ente querido na tragédia. Eu soluçava enquanto lia as ultimas páginas, ao mesmo tempo em que me preocupava de alguém entrar no quarto e me pegar como um idiota de livro nas mãos e nessa situação (isso realmente nunca tinha acontecido comigo e ainda estou sem entender).
A Lista Negra mostrou que:
“Você pode mudar a realidade do ódio ao se abrir com um amigo. Ao salvar um inimigo.”

nota:

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