Acho que você descobrir que um amigo(a) pediu desculpa a alguém por ser
seu amigo é algo tão humilhante que com certeza me deixaria pra baixo por muito
tempo.
Isso acontece em A LISTA NEGRA, que segue a mesma linha dos últimos livros
que resenhei.
Livros como Perdão Leonard
Peacock (resenha) e Os 13 Porquês (resenha) realmente me empolgam e chamam minha atenção. O drama que os personagens têm
que enfrentar e o processo que eles vivem até o desfecho da historia me
fascinam tanto a ponto de me fazerem sentir um mix de sentimentos aleatórios e
de me deixar surpreso com tudo.
Os temas relacionamento familiar e amizade sempre mexem comigo! Bom,
esse livro trata dos dois.
Resenha:
Valerie (chamada carinhosamente por alguns de Val) é uma adolescente
que está no ensino médio, e juntamente com seu namorado Nick sofrem Bullyng por
parte de alguns colegas.
Eles são confrontados, xingados e chegam até sofrer pequenas agressões físicas.
Por conta disso os dois criam uma lista onde escrevem o nome das
pessoas que os incomodavam de alguma maneira (nomes interessantes e surpreendentes
descobrimos que estava na lista no meio da historia). Certo dia logo cedo, Nick
chega ao refeitório, onde praticamente o colégio inteiro estava reunido, e
começa a disparar tiros contra as pessoas cujo nome fazia parte da tal lista.
Valerie se desespera e na tentativa de parar o namorado acaba se
colocando ente ele e a garota que mais a maltratava a salvando e levando um
tiro em seu lugar. Nick se mata e agora Valerie é acusada de ter tramado tudo
com ele por causa da bendita lista que vai a público.
O livro inicia com o incidente já tendo ocorrido e a autora nos leva
ao ponto em que Val precisa voltar para a escola e encarar as pessoas que a considera
culpada de alguma forma e para casa tendo que enfrentar sua família que já não
estava passando por uma boa fase antes de tudo isso acontecer.
Minha opinião:
Apesar da temática pesada, o livro é bem sutil e singelamente nos
coloca a pá de toda a situação usando por algumas vezes flashbacks.
A narrativa é boa e bem simples. Os capítulos são bem curtos, tornando
a leitura mais rápida, prazerosa e desejável.
Os personagens são marcantes e bem construídos; Desde o psicólogo camarada
á artista excêntrica e enigmática que mal aparece.
Tem momentos fortes e bem emocionantes (como o que citei para iniciar a
resenha) o que nos leva a se compadecer da personagem e se sentir parte da
historia.
Ele nos leva ao julgamento do que é certo e o que é errado e que isso
depende do ponto de vista (ao menos eu não consegui decidir se Nick era mal ou
se as circunstâncias o levaram a fazer aquilo).
Valores importantes como se reconhecer e se agradar antes de tentar
agradar aos outros, também é empregado no livro de forma tão natural que joga na
nossa cara que muitas vezes estamos encarando uma crise de identidade, devida
as circunstâncias, e nem percebemos.
Achei o livro divertido, forte, cruel e emocionante. Ao ler o ultimo
capitulo chorei como se tivesse perdido um ente querido na tragédia. Eu soluçava
enquanto lia as ultimas páginas, ao mesmo tempo em que me preocupava de alguém entrar
no quarto e me pegar como um idiota de livro nas mãos e nessa situação (isso
realmente nunca tinha acontecido comigo e ainda estou sem entender).
A Lista Negra mostrou que:
“Você pode mudar a realidade do ódio
ao se abrir com um amigo. Ao salvar um inimigo.”
nota:
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